O que fazer? Percursos para descobrir a freguesia

Apresentamos duas propostas para descobrir a freguesia de Santa Bárbara de Padrões, um percurso pelas nossas aldeias e um conjunto de pistas para interpretar e apreciar a nossa paisagem.

Proposta: passeio a pé nas aldeias

Quem chega a Santa Bárbara de padrões encontra na rotunda à entrada a representação dos seus padrões. Estas colunas cilíndricas de Pedra Moleanos, simbolizam os nove aglomerados populacionais da freguesia. Os padrões encontram-se georreferenciados, o que os posiciona uns em relação aos outros, tal como as localidades se encontram no território. O seu tamanho foi definido em função da população residente. O padrão central, que representa a sede de freguesia Santa Bárbara de Padrões, tem gravado o brasão institucional da freguesia.

Sugerimos que em cada lugar opte por um passeio a pé pelas ruas, desfrute da tranquilidade e da luz que as paredes brancas do Sul sabem guardar. Dos quintais assomam-se marmeleiros, romãzeiras, oliveiras e limoeiros. Às portas há vasos com flores e gente disponível para trocar umas palavras. Há recantos e ruas que ainda mantêm traços de uma arquitetura tradicional e, em todas as localidades, os lavadouros e as bicas públicas são a memória social de uma época, tal como os Centros Culturais, outrora local obrigatório de convívio destes lugares. Hoje mantêm uma atividade pontual, mas, em quase todos eles, os seus bares estão abertos ao público.

Em Santa Bárbara de Padrões atravesse a localidade e suba até ao sítio da Igreja Matriz, onde tem uma vista panorâmica para a aldeia e para a paisagem. Foi neste lugar, durante as obras de ampliação do cemitério, que foram encontrados milhares de lucernas romanas. Pode ficar a conhecer uma parte da vastíssima coleção na exposição de lucernas, disponível nas instalações da Junta de Freguesia.
Ao Beringelinho temos de ir de propósito. O monte revela-se subitamente aos nossos olhos a e estrada termina aí. Percorra a encruzilhada de ruas estreitas, que por vezes nos parecem convidar a entrar pela paisagem adentro que rodeia o monte. Vale a pena tomar atenção aos nomes das ruas, que evocam memórias e tempos felizes.

Na Sete, uma localidade muito marcada pela emigração, vale a pena descobrir o interior da aldeia, deixar-se guiar por muros brancos e muros de pedra, aproveitar para descansar um pouco no parque junto ao Centro Cultural e beber algo no café da terra, e, se tiver a sorte, ainda escutar alguém a cantar a moda, porque a Sete também é terra de cante alentejano. 

No Lombador, terra das últimas tecedeiras, pode ficar a conhecer mais sobre as artes e os ofícios ligados à tecelagem, uma atividade que marcou profundamente o passado da freguesia, numa visita ao Polo da Tecelagem do Museu da Ruralidade, nas instalações da antiga Escola Primária. Vale a pena ficar também atento a alguns pormenores da arquitetura popular, com destaque para as chaminés tradicionais.

A viagem deve seguir em direção à mina, pelo caminho encontra uma rotunda ornamentada com um Equipamento de Sonda, onde deve virar para A-do-Corvo, um dos montes que fica junto ao centro mineiro mais importante da Faixa Piritosa Ibérica: a Mina de Neves-Corvo (SOMINCOR). Um pequeno aglomerado onde encontra uma igreja construída, graças à vontade da comunidade, no ano 2000. É também aqui que encontra os dois restaurantes em funcionamento da freguesia.
A-do-Neves fica na extrema da freguesia. Na deslocação lance a vista sobre o complexo mineiro e à chegada é recebido por um cuidado espaço verde, e casas floridas, que acompanham o caminho que nos leva até à ribeira de Oeiras, onde a freguesia e o concelho terminam. E para o assinalar, para desejar boa viagem ou dar as boas-vindas, lá está o marco concelhio “Uma Janela Sobre a Planície”, inspirado na identidade do concelho.

Mas este percurso não termina já. É preciso regressar à rotunda dos padrões e seguir a direção de Viseus. Pare no largo. Um forno, uma chaminé, há sempre um pormenor a combinar com o branco que veste as paredes. É aqui, nas instalações do Centro Comunitário, que encontra a Dobadoira – Associação de Artesãos dos Viseus. Um projeto comunitário que trabalha a área da tecelagem e que pode visitar mediante marcação. E se tiver crianças consigo, procure o parque infantil, enquanto elas se divertem, aproveite para descansar os olhos sobre o descampado que se estende à sua frente.

E como está muito perto do monte do Rolão, não vá embora sem passar por este pequeno aglomerado e trocar dois dedos de conversa com quem mata o tempo no pequeno centro de convívio.

Proposta: passeio para observar a paisagem e as aves

Propomos que viaje pelas estradas e caminhos da freguesia e que faca uma paragem em lugares que apelam a atenção. Se possível, desfrute de algum trilho ou caminho de terra batida. O ar e puro e a paisagem estende-se a sua frente. Uma paisagem que se alterna com as estações do ano e os trabalhos agrícolas. E se a chuva aparecer na altura certa, e garantido que na primavera não faltarão tapetes de flores

Esta na chamada pseudo-estepe, zonas onde se produz cereal e existe pecuaria extensiva ou, simplesmente, terras em pousio. Mas nesta viagem encontra algumas manchas de montado, não muito denso, constituido, essencialmente, por azinheiras. Os olivais, de pequena dimensão, estão geralmente associados as localidades ou a terras baixas junto as ribeiras. Sao uma marca da cultura mediterrânica nestas paragens. Na planície ondulante, em determinadas áreas da freguesia, o aspeto mais marcante da paisagem e a ausência de arvores. Esta na chamada pseudo-estepe, zonas onde se produz cereal e existe pecuaria extensiva ou, simplesmente, terras em pousio. Mas nesta viagem encontra algumas manchas de montado, não muito denso, constituido, essencialmente, por azinheiras. Os olivais, de pequena dimensão, estão geralmente associados as localidades ou a terras baixas junto as ribeiras. Sao uma marca da cultura mediterrânica nestas paragens.

Os matos estao tambem presentes no coberto vegetal, onde a esteva e planta mais abundante, brilhante quando o calor comeca, florida de branco e odor intenso, um apelo aos sentidos.

As zonas húmidas correspondem aos cursos de agua, que correm na epoca das chuvas e que no periodo quente secam ou dao origem a pequenos pegos. Aqui nascem ribeiras que sao afluentes do guadiana, como a ribeira da chada, que desagua na ribeira de oeiras, que marca o limite sul da freguesia, a ribeira da sete ou a ribeira da fontinha.

Proposta: Observação de Aves

Todos estes habitats estão associados a diversas espécies de fauna e flora, que enriquecem e valorizam a paisagem. Uma parte do território da freguesia integra a Zona de Proteção Especial de Castro Verde, da rede Natura 2000, e em 2014 foi classificada como Reserva da Biosfera da UNESCO. Quem se interessar por diferentes aspetos da biodiversidade, encontra motivos para olhar com outros olhos para a paisagem natural. São sobretudo os amantes do birwatching (observação de aves) que mais procuram este território.

Consoante os habitats e a época do ano, é possível que consiga observar rolieiros, mochos galegos, poupas, trigueirões, milhafres- reais, tartaranhões, etc.
Ao desenvolver esta atividade deve fazê-lo em total respeito com a natureza e as populações locais, contribuindo para um desenvolvimento sustentável. Em caso de necessidade de esclarecimento e de informações sobre a observação a realizar, sugerimos que consulte o Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho que, apesar de não se localizar nesta freguesia, tem uma atividade de âmbito alargado e estará sempre disponível para lhe dar algumas dicas sobre este território e a maneira correta de realizar a atividade

vêm aí as noites em santiago

As Noites em Santiago estão de regresso, de 29 a 31 de julho, trazendo de volta a animação à avenida de Nossa Senhora da Esperança, um espaço preparado para o convívio e os encontros, para celebrar Entradas e a amizade.

Artesanato e produtos locais, insufláveis para os mais novos, comes e bebes, e muita animação a convidar à dança, nos tradicionais bailes ou ao som de DJs, a assistir a concertos de música ou a ouvir o cante alentejano, são propostas que preenchem o programa.

Uma iniciativa que tem também uma componente religiosa, em honra de Santiago e Nossa Senhora da Esperança.

As Noites em Santiago têm entrada livre, são uma organização da Junta de Freguesia de Entradas, em colaboração com as associações e a paróquia da freguesia, com o apoio da Câmara Municipal de Castro Verde.

Marque na sua agenda. As noites no final do mês de julho são em Entradas.